segunda-feira, 16 de julho de 2012

o glorioso violão


Existem 4 grandes tradições do violão ao redor do mundo, a saber :
1)      O violão erudito, ou clássico : É a tradição européia do violão, com um arco histórico que vem desde a idade média até os dias de hoje. Nesta tradição utiliza-se quase que exclusivamente o violão de cordas de naylon de 6 cordas, e mais recentemente em orquestras de violões ou grupos camerísticos de violão utiliza-se também o violão de oito cordas.
Tocado com os dedos, acústico, com uma vasta literatura escrita em partitura, tanto de repertório quanto de métodos de ensino. Esta tradição está nas universidades de todo o mundo como bacharelado, especialização, mestrado, doutorado.
A tradição erudita do violão está presente no Brasil através da obra genial de compositores como Heitor Villa Lobos, Radamés Gnatalli, Garoto, João Pernambuco, Egberto Gismonti.
2)      O violão popular brasileiro : é o violão do samba, do choro, da bossa nova, da MPB, do quintal ao municipal. Também é o violão de nylon de 6 cordas, irmanado ao violão de sete cordas ( de aço e/ou nylon). É o violão da rua, do buteco, dos saraus, dos palcos.
Dele se diz : “Através de muitas embarcações e uma boa soma de mares, o violão chegou até nós e virou, junto ao peito dos brasileiros, uma espécie de agasalho. Antes do mero instrumento, o próprio intérprete dos sentimentos deste porto novo em que ancorou sua beleza, ou melhor : sua voz mais íntima. Cúmplice das preguiças nas tardes alaranjadas, companheiro dos contadores de histórias, ébrio amoroso nos chorões populares, autor das madrugadas, recompromissado líder junto aos jovens músicos e poetas, representativo das linhas curvas e saborosas de um corpo de mulher, sóbrio, virtuoso e charmant, legítima presença nas salas de concerto em noites de gala. Enfim, ‘um pinho pra toda obra’”. (Aylton Escobar)
3)      O violão popular norte americano : é o violão do jazz, do rock e do blues, quase sempre de cordas de aço, tocado com palheta, chamado de violão folk.
4)      O violão Flamenco : é o violão popular da Espanha moura, de gênese árabe e cigana. Tocado com os dedos, de seis cordas de nylon.
Todas estas tradições se complementam, e levam à um único caminho, o da sagrada beleza sublime. Aspas para Nazareno de Brito : “O violão, em sua simplicidade, mesmo quando o pinho tosco se cobre de vernizes e arabescos em madrepérola e pedrarias, parece ter sido criado para a linguagem sonora e sincera dos simples; dos que sofrem e se queixam, dos que acreditam na poesia das frases musicais; dos que estão sós e precisam falar consigo mesmo sem parecer que estão loucos; dos que não sabem declarar o seu amor como os demais; dos que precisam fugir a realidade, seca por demais para ser aceita sem um pouco de harmonia...”.


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sábado, 7 de julho de 2012

Me tornei baterista pelo amor aos tambores, e a batera pra mim é um grande e único tambor, ou todos os tambores. Nunca tive e não tenho bateria, aprendi tocando no intervalo dos ensaios, nas horas vagas nas escolas, ouvindo discos, vídeo-aulas, lendo os métodos de bateria, e principalmente, aprendi intuitivamente, sentando com reverência diante dos tambores e tocando, através da memória musical afetiva do que ouço e ouvi, e através da intuição. É desta forma que toco as levadas de samba, rock, blues, jazz, baião, samba - reggae, funk, etc.
É o amor e a gratidão por todos os tambores que me leva a querer compartilhar o som dos tambores em aulas, shows e gravações. Sem jamais esquecer do tributo ao verdadeiro dono do tambor...

Guilherme Lessa Gonçalves
tel. (21) 86344467
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